a esferas defesas ao comum dos homens, perdem o direito de sentir, de viver, de repousar como os demais; isolados em sua grandeza, em meio da turba que os cerca.
Vitórias e triunfos há que envolvem e supliciam destarte a seus heróis, obrigando-os a ter o extraordinário, o supra-humano como norma corrente da existência.
Ao vencedor dos dous laudos arbitrais, não permitiria o público brasileiro ter instantes de desfalecimento, fases de fraqueza humana. Em uma época de epopeias em edição minúscula, mal se compreenderia que o grande conquistador da aquiescência do próprio adversário à conservação do nosso território, outrora contestado a Sul e a Norte; mal se compreenderia vivesse a vila medíocre dos funcionários simplesmente assíduos, corretos no desempenho de deveres profissionais, inteligentes e atilados, mesmo, no destrinçar casos mais complicados. Uma auréola circundava o triunfador. Como ocultá-Ias, e fazer aceitar ao público, crítico impiedoso, a penumbra do viver quotidiano?
A simplicidade de costumes, a modéstia invencível, os hábitos de trabalho, o retiro no gabinete escondido em um recanto das matas de Petrópolis, e, principalmente, o fluido cordial que emanava do eminente brasileiro e lhe granjeava, em todos os níveis sociais, dedicações e simpatias, salvaram-no dessa dificuldade.
Chegava Rio Branco à capital da república como em uma cidade estranha.
Dos amigos de mocidade, dos companheiros de lutas, dos guias de sua atividade, ficara separado pelo lutuoso perpassar do tempo. Não decorrem 30 anos, sem povoar de tumulos a existência e o coração dos sobreviventes. Os que haviam confraternizado nas campanhas do Ministério de 7 de Março, tinham desaparecido