quase todos. A mudança de regime político alheara dos fatos contemporâneos as grandes figuras dominadoras dos embates partidários do Império.
Era esta situação uma força e uma dor.
Dor, do vácuo feito pela morte em torno de si. Ermo desolado e áspero dos cimos inatingidos. Impossibilidade de restabelecer, com amigos seguros, o afetuoso, íntimo comércio de épocas idas.
Força, de dominar sem contraste, de ser chefe, de não ter em derredor senão auxiliares, colaboradores à sua feição, executores inteligentes de um pensamento superior, e não outros dirigentes, depositários de poder ou de influxo igual ao seu. Sim, força. Mas responsabilidade acrescida, também. Dela nunca desertam os fortes.
Na Secretaria de Estado se encontravam sérios obstáculos a uma boa gestão dos negócios.
Herdeira e continuadora fiel das grandes tradições diplomáticas da monarquia, não lhe havia a república liberalizado meios de agir.
Pessoal insuficiente, inferior em número ao que fôra 50 anos atrás, obrigado a multiplicar esforços para não deixar periclitar interesses nacionais elevadíssimos, ante o crescimento normal das relações com os outros povos. Mas o desempenho quantitativo da tarefa sofreria fatalmente na qualidade e na minúcia da obra efetuada. Confusão de misteres, aos demais. Déficit qualitativo, portanto, pois a resistência humana tem limites.
Arquivo e biblioteca conservados com cuidado, não tinham, entretanto, o desenvolvimento preciso. Mais exatamente, viviam em estado de hibernação, de vida latente, em vez de serem fonte perene de esforços colaboradores na faina imensa que se desdobraria, e mais avultará