para o futuro, ante o ministério das Relações Exteriores. Sobrava boa vontade, mas escasseavam outros elementos.
Ficara, igualmente, por demais centralizada a orientação dos negócios na pessoa do diretor-geral.
Durante o Império, o grupo de conselheiros autorizados em assuntos internacionais não era pequeno. No Conselho de Estado encontravam-se os autores da política seguida, encanecidos nesse labor, conhecedores de todas as negociações, os guardas dos rumos inicialmente traçados, modificadores prudentes das mesmas normas.
A deliberação política sobre as ocorrências supervenientes, sobre as iniciativas a tomar, os problemas a solver, tinha nessa assembleia seus especialistas e seus homens de Estado. A continuidade e elevação progressiva da política internacional do Brasil ali encontravam seus grandes elementos de ação. Pensamento e prática reunidos. Execução assegurada.
A república havia destruído, impensadamente, esse instrumento de valor inapreciável. Ainda hoje, suas consultas nos guiam. Quão melhor, entretanto, fôra sua ação, mais viva e enérgica, se se houvera conservado a instituição.
Todas as suas funções desaparecidas foram concentrar-se nas mãos do diretor-geral do ministério.
Por maior valia a sua, era sempre uma opinião única, individual, com o coeficiente de erro pessoal, ao invés da norma deliberada coletivamente, com a consequente correção do erro pessoal, pelo consenso de pareceres de homens como d. Pedro II, Uruguai, o visconde do Rio Branco, Cotegipe, Saraiva e tantos outros.
Ao gerir as Relações Exteriores um ministro capaz, com ideias próprias, seguindo rumo de antemão assentado, era fácil prever discordância de orientações entre chefes