Permitiam-lhe as condições especiais em que ia tomar conta de seu ministério agir com plena independência de coração, sem que o pudessem acusar de menosprezo ou de ingratidão.
Nenhum liame o prendia aos agrupamentos partidários do país. Pensava ele que o que estava feito, feito estava. Cumpria melhorá-lo e progredir, nunca retroceder a formas políticas definitivamente abolidas. Na mais sincera e nobre significação do termo, era um rallié.
Fervorosamente dedicado à pátria, não lhe aprazia, entretanto, celebrar os ritos de seu culto nas inúmeras igrejinhas, monopolizadoras cada uma do sentimento patriótico.
Era mais vasta e mais alta sua concepção do dever para com o Brasil.
Havia um escolho nessa posição marginal, ou antes acima dos grupos mais ou menos intolerantes que se revezavam na direção das cousas públicas. Era parecer confundí-los todos no mesmo desprezo comum e assim ligá-los todos contra a ação que intentava desenvolver.
Fôra erro grave e que não corresponderia aos sentimentos íntimos do novo ministro.
Era firme convicção sua que as relações exteriores de um país escapam, por lhes serem superiores, às agitações partidárias, nas próprias nações onde existem partidos organizados e duradouros.
Mais ainda lhes ficariam a cavaleiro, em se tratando de uma república presidencial, dotada de uma constituição adiantadíssima em seu conjunto, na qual vinham solvidos debates mantidos por decênios no Brasil-Império, regime novo no qual segundo a observação profunda de Alcorta, parece difícil, quiçá impossivel, fundarem-se agremiações políticas permanentes.