Chamberlain e de sir Charles Stuart, e as austríacas, de Mareschal. Que imensa tarefa, o preenchimento desses abismos de ignorância nossa?
OS INSTITUTOS DE PESQUISAS
Bem se pode agora avaliar a benemerência dos notáveis patrícios nossos que, em 1838, fundaram o Instituto Histórico do Rio. Foram eles os verdadeiros criadores dos estudos nacionais, sob seu tríplice aspecto etnográfico, geográfico e analista. Inútil citar nomes, tal a riqueza científica de sua veneranda Revista Trimensal, em que tem colaborado o escol da mentalidade brasileira.
Fez ainda mais: colmeia de trabalhadores enxameou pelo país inteiro, e institutos, arquivos e bibliotecas regionais atestam por sua pujança e pelo brilho de suas contribuições o alto valor da matriz a que se filiam. Grandes nomes de significação nacional formaram-se e surgiram nas antigas províncias e nos Estados. Quem não conhece um Manoel Barata, provecto na história da bacia amazonense; um Studart, cronista do Nordeste; José Higino e Alfredo de Carvalho, em Pernambuco; Francisco Vicente Vianna, Bernardino de Souza, Theodoro Sampaio e Braz do Amaral, na Bahia; José Pedro Xavier da Veiga, em Minas; Toledo Piza, Orville Derby, W. Luis e Taunay, em São Paulo; os padres Carlos Teschauer e Haffkmeyer, no Rio Grande do Sul; Virgilio Corrêa e Estevam de Mendonça, em Mato Grosso; Boiteux, em Santa Catarina... e tantos outros.
A missão do Instituto, entretanto, não visa sistematizar e criar um cânon ou uma escola: estimula investigações, soma esforços, mas deixa inteira às inspirações individuais escolha de métodos e modos de apreciar. Provoca a atividade das pesquisas: não as norteia.