Estudos Históricos e Políticos

Os numes tutelares de nossa história diplomática são de gente de beira-mar: fluminenses, como o visconde do Uruguai; paulistas, como o marquês de São Vicente; baianos, como o marquês de Abrantes, o visconde do Rio Branco, o conselheiro José Antonio Saraiva e o barão de Cotegipe. Do mesmo modo, na República: fluminense, Carlos Augusto de Carvalho; carioca de origem baiana, o barão do Rio Branco; pernambucano, Joaquim Nabuco.

Enumeremos.

MINISTROS DE ESTADO

Nos gabinetes do Império, citemos, pro memoria, João Severiano Maciel da Costa, marquês de Queluz, nascido em Mariana, ministro de Estrangeiros durante dez meses em 1827; o marquês de Paraná, Honorio Hermeto Carneiro Leão, durante cinco meses detentor interino da pasta, em 1843; e João da Matta Machado, de junho a dezembro de 1884.

Proclamada a República, também foi fugaz a passagem de mineiros pelo departamento do Exterior, com Fernando Lobo, de novembro de 1891 a fevereiro de 1892. Exceção única foi Olyntho de Magalhães, que ali permaneceu durante todo o quadriênio Campos Salles, de 1893 a 1902.

Dos ministros do Império, o único que deixou traços de sua gestão foi Honorio Hermeto, mas este mesmo possui melhores títulos do que as Relações Exteriores para justificar seu merecido renome de estadista de primeira plana.

Olyntho de Magalhães, após largo estágio como ministro na Europa, teve de trabalhar no Itamaraty em período difícil de nossas relações internacionais. No

Estudos Históricos e Políticos - Página 438 - Thumb Visualização
Formato
Texto