atos praticados por diversos navios durante a guerra de Secessão, as célebres reclamações do Alabama.
Cinco árbitros decidiriam o caso, um de cada país interessado, e os outros três nomeados pelo rei da Itália, pelo presidente da Confederação Suíça e pelo imperador do Brasil.
Pela princesa imperial regente foi escolhido Marcos Antonio de Araujo e Abreu, então barão de Itajubá, para desempenho do melindroso encargo. Era mineiro o diplomata, ignorando-se, segundo Xavier da Veiga, em que cidade nascera.
De como se houve, fala melhor do que nós o Relatório do Ministério dos Estrangeiros de 1872. Em torno do parecer de Itajubá, fez-se o consenso dos juízes, calando quaisquer divergências anteriores. Seus serviços foram louvados e agradecidos pelas duas nações litigantes. Dentro em pouco, foi o distinto árbitro promovido a visconde.
A guerra do Pacífico, de 1879 a 1882, do Chile contra o Peru e a Bolívia, havia dado Iugar a numerosas reclamações contra o primeiro desses países, por parte da Itália, da Grã Bretanha, da França, da Alemanha, da Suíça, da Bélgica e da Áustria-Hungria.
Comissões mistas internacionais foram organizadas, com três membros: um chileno, um representante de nação reclamante e um terceiro nomeado pelo imperador do Brasil. De maio de 1885 a dezembro de 1886, foi nosso representante no Tribunal, e seu presidente, o conselheiro senador Lafayette Rodrigues Pereira. Parece desnecessário fazer elogios a este grande vulto de nossa terra. Na especialidade das relações exteriores, do ponto de vista jurídico, seu Tratado de Direito Internacional é classico e justamente acatado como autoridade.