EMENDAS RELIGIOSAS
OS ELEMENTOS BASILARES DA NOSSA FORMAÇÃO
A recente agitação causada, dentro e fora do Parlamento, pelas chamadas emendas religiosas, merece o maior respeito, principalmente por parte daqueles que lhes apontam os inconvenientes. Nada tem de artificial, tão evidente a sinceridade de suas origens e de suas manifestações. O que possam ter de impróprio talvez provenha de estarem, em parte, deslocadas.
Fornece tal movimento de opinião oportunidade preciosa, entretanto, para convidar à reflexão os homens de boa vontade, sobre o possível desacerto que revela na visão política e na orientação condutora de seus chefes.
Os homens de boa vontade e de ânimo religioso, devemos acrescentar: aqueles que sentem e compreendem a significação profunda desse último qualificativo, a que consiste em formar uma unidade completa, na vida do indivíduo como na regência da sociedade, entre os sentimentos inspiradores, a elaboração mental diretora e a atividade prática realizadora. O dúplice liame expresso no religare, de que deriva.
Em carta célebre escrita ao imperador Guilherme I, em pleno apogeu do kulturkampf, Pio IX lembrava que o batismo bastava para incluir no vasto grêmio católico os