Estudos Históricos e Políticos

de perseguição ou de luta, o agnosticismo como o entendemos.

Da mesma forma erro de visão política parece ser, por parte de uma Igreja qualquer, com intuitos universais, transformar em crise ou em hostilidade o que representa apenas cumprimento de dever do poder público para manter essa equanimidade confessional, esse propósito de guardar inteira isenção e ânimo imparcial no conflito das crenças.

Maior avulta o equívoco, em se tratando do catolicismo, quase absoluto senhor da atividade religiosa brasileira. Atribuir a espírito de combate meras divergências na esfera governativa, no dever de separar o Estado, como tal, de qualquer afirmação de preferências, não parece um acerto, no tocante à direção das consciências fiéis, do Brasil quase todo, podemos dizer, em suas relações com o roteiro prático e as normas de agir do organismo temporal.

Vale por criar um dissídio, acirrar pruridos de luta, semear germens de guerra, provocar reações, onde existe, por bem nosso, a mais sincera harmonia, a paz da unidade e da colaboração confiante.

Nesse sentido, nos abalançamos a classificar de menos ponderado o ambiente pugnaz em que se quis enterreirar o debate: pró ou contra a Igreja católica.

Ecumênica, isto é, universal, tem esta em si própria pela verdade que encerra, a força conquistadora, pacífica e meiga, que lhe tem valido e continua a assegurar-lhe o permanente triunfo. Ocorrências transitórias não a demoveriam da marcha geral da evolução dos espíritos, e de contar com o auxílio do tempo: patiens quia aeterna.

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