Desunião, rompimento, pulverização e morte. Sobrevivência crua dos mais aptos. A dura lei do Faustrecht. Tal a meta do esforço material, sem a noção do dever moral.
A entr'aide, a solidariedade, a piedade, o altruísmo, o justo, e, acima disto, o bom, tais os anseios pelos quais trabalham aqueles, a quem anima sopro de humanidade superior, centelha divina de luz.
Essa convicção profunda; o sentimento da continuidade histórica; a reverência das crenças antigas que embalaram o berço de todos nós, e presidiram à formação do mundo ocidental; tal conjuto de fatores permitiu reagir contra os excessos de adversários, pouco numerosos mas audazes.
A OBRA DA IGREJA
A Igreja, hoje tão estranhamente acusada no Brasil de insuficientemente servida por seus ministros, não descansou, entretanto.
Mau grado dificuldades persistentes, pôde reavivar sentimentos religiosos amodorrados na quietude debilitante das situações adquiridas. E, graças a esse benemérito despertar espiritualista, pôde nossa terra, hoje, ostentar a ininterrupta progressão notada de 1889 para cá, período no qual tanto se caminhou para a fórmula conciliatória: as Igrejas livres no Estado livre. Não como adversários, frente a frente; mas como colaboradores sinceros, cada qual em sua órbita própria.
Deve o Brasil a esse indefesso labor, paciente e silencioso, de seu clero, quer o regular, quer o secular, a obra digna de veneração e de bênçãos, que é o largo surto espiritualista crescente por todos os recantos de nossa terra. Reação da qual, mesmo os pensadores menos simpáticos