Estudos Históricos e Políticos

Programas sem fixidez, alterando-se, em meio do curso, a sabor de irresponsáveis, ou de ignorantes do que seja responsabilidade em assuntos educativos. Livros a variarem, para servir a autores e editores, deslembrados de que o aluno em regra é pobre e não pode sujeitar-se às despesas de constantes aquisições. Ensino feito mais para provar os conhecimentos do mestre, do que para aproveitamento dos discentes. Falta de correspondência psíquica entre cátedra e aula, o que tira à preleção o caráter apostólico que toda educação mental e moral deve possuir. Descaso dos resultados. Tal é o incompletíssimo balanço atual.

Para corrigir tais vícios e erros, a concorrência ainda será o melhor e mais pronto remédio.

Disso temos provas recentes.

Interesses subalternos e egoístas, que não queremos qualificar, fizeram o Brasil regredir ao errôneo e condenado método dos exames preparatórios, abandonando o preparo seriado das mentes infantis. Enquanto os institutos oficiais, obedecendo à lei nefasta, voltaram as costas ao almejado exame de madureza, alguns colégios particulares procuraram remediar os inconvenientes do retrocesso preparatoriano, e continuaram a ministrar o ensino seriado, embora os exames se fizessem pela malfadada norma novamente aceita.

Urge, contudo, congregar esforços no sentido da aferição da madureza do aluno, e não do conhecimento isolados desta ou daquela disciplina. Há nesse ponto bons modelos a adaptar no processo do bacharelado francês, no qual a mesma prova permite firmar juízo simultâneo sobre várias matérias; uma prova única, escrita, por exemplo, sobre história, daria a medida dos conhecimentos referentes à história, à geografia e à língua pátria. Para conseguir tal meta, a concorrência dos institutos

Estudos Históricos e Políticos - Página 522 - Thumb Visualização
Formato
Texto