Estudos Históricos e Políticos

particulares é vantajosa, desde que o processo de julgamento dos bacharelandos fosse o mesmo para todos.

Mas, para exercer todo seu influxo benéfico, ao próprio estabelecimento oficial conviria dar mais largueza de ação, e permitir-lhe mover-se, dentro na regra geral para o país todo, com liberdade de iniciativas e sem constrangimento da intervenção contínua e tâtillonne da administração pública.

Nesse ponto, o colégio particular leva grande vantagem sobre o oficial. Útil, pois, seria conferir a este último plena independência de gestão no recrutamento do pessoal docente, de aplicação de recursos, de normas pedagógicas. A concorrência eliminaria quaisquer demasias.

Parte dessas exigências vêm reproduzidas no ensino superior. Aí também, por bem nosso, já começou a emulação entre fundações similares: academias estaduais, e outras puramente privadas. A elevação do nível profissional do país só pode lucrar com tal concorrência.

Por ora, tais estabelecimentos, filhos da iniciativa individual ou da dos Estados, ainda precisam desenvolver-se, é certo. Mas a semente é boa e fecunda. Proliferará. Não é o Brasil ainda país de grandes fortunas. Virá dia em que estas surgirão, e é elementar prever doações e recursos afluindo para as casas de instrução. Sua força, então, estará na liberdade, dentro na competição, de gerir tais elementos para o maior bem de sua missão educativa.

E é precisamente esse um dos grandes, senão o maior, obstáculo ao livre surto das academias oficiais. Obrigadas a mil e uma formalidades administrativas, sem amplitude para se moverem, têm normas rígidas que lhes peiam o caminhar para a frente.

Querem um professor, excepcionalmente valioso para determinada especialidade, para cursos episódicos? São

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