Estudos Históricos e Políticos

regulariam suas aquisições e ampliações, dentro nos seus recursos, sem as peias das chinesices burocráticas, com plena liberdade para viverem e se expandirem.

Seria a carta de alforria para o ensino, então, de fato, verdadeiramente livre.

O processo é aplicável tanto aos colégios oficiais de ensino secundário como às academias; tanto às dependências do governo federal quanto às dos estados.

E aí, mais livres para agirem e se conformarem às exigências peculiares do meio surgiriam as uniões, fusões, justaposições e consórcios de que resultariam as Universidades.

Corremos, pelos exemplos existentes, o grande risco da artificialidade das criações.

Para que uma universidade se funde, prospere e se torne fator de progresso social, é condição essencial, necessária e suficiente, seja ela obra de vida, fruto natural de uma aspiração coletiva. Surge dos acontecimentos, do reclamo de elementos que plasmem uma criação, dos anseios de agir e progredir, de germe fecundo a nascer e proliferar.

Haverá quem ouse afirmar que os mofinos ensaios vigentes traduzem mais do que enfezado gesto do oficialismo, bem-intencionado sem dúvida, mas sem competência especial no caso e fora da corrente vital de nossa terra, em crise de crescimento, prenhe do futuro?

E não obedecerão servilmente a um tipo teratológico homunculus feito em cadinho do qual se acham ausentes os verdadeiros ensinamentos da Vida, mirrado filho de cogitações de laboratório e de especulações cerebrais, sem ponto de apoio ou, quando muito, exiguamente baseado na realidade palpitante e vivente?

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