Estudos Históricos e Políticos

moral, quer prática, quer especulativa, aí vem inseparavelmente entretecida com a mesma existência: faz-nos subir acima desta, para nos levar a um mundo mais alto e mais digno e mais vivo.

Como diz o filosófo, é a vida superior, plena, perfeita, excelente e soberana que regula a vida parcial, incompleta, deficiente e dependente, para erguer esta a paragens mais sublimadas, nas quais o prático e o concreto tendem a confundir-se com o Ideal. Nesses vértices dominadores, a natureza é Vida.

Não se atingem semelhantes níveis de chofre, salvo em casos de predestinação. Lento e pertinaz labor é imprescindível para a ascensão. Mas para os crentes na submissão como fator de aperfeiçoamento, e no imperativo da vida interior voltada para o Bem, cada passo leva longe e mais alto, rumo do progresso da Alma.

Lutas sem conta decorrem das resistências opostas pelos elementos inferiores da criatura. Um combate se trava, quase sem tréguas. O egoísmo subalterno, as comodidades, as preferências do Eu, revoltam-se contra as exigências do sacrifício necessário e santificador. Nem todos compreendem a norma puríssima que Santo Agostinho formulou e Augusto Comte fez sua: "Amem te plus quam me, nec me nisi propter te."

O peregrinar pelo mundo torna-se sofrimento, mas une e liga e depura os homens. Educação moral, combate e provação, solidariedade humana, formam o ambiente em que se exalta o esforço individual e se granjeia recompensa excelsa de uma atividade mais viril, mais intensa, mais proveitosa e fraterna.

Aproxima a humanidade do grande ideal que lhe define um pensador: uma pluralidade de almas destinadas ao amor. Realiza-se a sociedade dos espíritos, para a qual tende o aperfeiçoamento. Cresce a pessoa moral. Paralelamente,

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