faz homens, cada vez mais homens, forças agentes e diretoras. Cria os chefes, os chefes indispensáveis, guias da evolução pelo exemplo e pelo agir, homens que são causas, honra suprema que o doutor Angélico fortemente salienta, e de São Paulo mereceu apelidar tais vultos — os colaboradores de Deus, Dei adjutores.

Longe do nosso espírito a blasfêmia de sugerir que o mundo será o que o nosso esforço o fizer. Os desígnios divinos pairam acima de tudo. Mas o cooperar das criaturas facilita e apressa o advento da Bondade, como a submissão e o amor à Lei Suprema tornam mais pronta a salvação individual.

Tudo, portanto, deve convergir no amor religioso, no amor em Deus pelos semilhantes. Amar, com energia, ação, abnegação e sacrifício, o sacrifício que enobrece, regenera e redime...

Para isto, agir sem descanso, inspirados na sinceridade absoluta, na verdade e na coragem. Não temer confessar suas opiniões, honestas, meditadas e profundas, nem que levantem um tolle geral. Cristo, o modelo inolvidável, foi só e venceu...

As correntes alternativas das marés do espírito, no fluxo e refluxo trazem as ondas demolidoras ao sopé dos monumentos indestrutíveis, tanto quanto aos alicerces de argila dos efêmeros ídolos de um dia.

O premente e agoniante mistério da vida, a torturar a inquietude humana, ultrapassa as faculdades naturais. Estas, na vertigem dos abismos entrevistos; desequilibrados os cérebros pelo absoluto e pelo infinito, quando soem meditar apenas dentro no relativo e no finito; esmagadas as mentes pela Revelação que não compreendem ou não aceitam: buscam sistemas e explicações a seu alcance. Ao Espírito substituem a natureza, apesar dos desaprumos que sua própria ciencia inflige ao dogma negativista.