Estudos Históricos e Políticos

Em vez de compreenderem pelo sentimento, pelo coração, recorrem apenas à razão contingente e limitada. E emparelham argumentos.

A eternidade da matéria? E a degradação da energia lhes acena com a falência. As conveniências humanas? E o espírito de sacrifício as desmente. As únicas limitações do Código Penal, como fronteiras da Moral? E os fatos heroicos do sofrimento em holocausto, sem base em leis escritas, todos os dias erguem seus admiráveis e esmagadores exemplos de protesto.

É um feitio mental inferior, o que não tolera superioridade e para o qual repugna o submeter-se, o venerar e o ser grato. Na experiência diária, não são companhia constante os déboulonneurs de statues? No mundo moral, da mesma forma.

Insensíveis ao Belo e ao Bem, preferem apagar estrelas a reacender astros; quebrar resplendores, a venerar quem os mereceu; derruir culminâncias, a lhes agradecer o influxo purificador. Cegos à verdadeira aprehensão dos fenômenos, assentam em negar o mistério imanente e ineIutável. Pobres mentalidades simplistas!...

O século XVIII assistiu a um grande esforço nesse rumo. Já o seguinte testemunhou a reação incipiente. E hoje não mais se nega, nem se oculta a vigorosa renascença revelada no predomínio espiritualista das doutrinas filosóficas de maior prestígio, mesmo fora da ortodoxia cristã.

Justificam-se deste modo as comedidas e prudentes respostas aos que julgavam esmagar o idealismo, apontando para a derrota do Bem em inúmeros fatos humanos: não havia durado a observação tempo bastante. Assim também a tranquila afirmação de Pasteur, quando lhe

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