Estudos Históricos e Políticos

27.919, 55.751 e 180.853. Proporcionalmente a mil casamentos, as taxas separatistas foram 55,79 e 150, o que demonstra a rapidez da corrente divorcista. Mais de 80% das separações foram concedidas nos 14 primeiros anos; cerca dos dous terços das sentenças foram contra o marido culpado. Em quasi 40% dos casos, havia prole; em 1926, por exemplo, 116.378 crianças viram sua existência familiar despedaçada pelo divórcio dos pais.

A proporção do mal elevou-se: enquanto, nos Estados Unidos, a população crescia de 62%, entre 1884 e 1916, a cifra dos divórcios se alteava de 258%, diz Leonel Franca. No Canadá, segundo a mesma autoridade, em 1870, para cada mil casamentos se registavam 28 separações, e, em 1.900, 73.

Em vinte anos, 1,318 milhão de crianças yankees foram vítimas dessa perigosa e nefanda legislação. Delas, larga parte está recolhida nos institutos públicos: 40%, na Califórnia. Nesses infelizes abandonados o crime prolifera: em Chicago, capital mundial do crime, 4.478 menores, em 1901, eram delinquentes; já em 1917 eram... 20 mil.

Os mesmos fenômenos repetem-se na Europa, e já citamos o caso extremo da Rússia.

Na França, parece ter-se iniciado uma repulsa. A par da liquidação dos erros e das desordens morais consecutivas à Grande Guerra, ocorrência comum em todas as convulsões sociais, a reação chegou. Em 1920 e 1921, houve respectivamente 29.115 e 32.472 divórcios; já no ano imediato, a diminuição começou, e em 1925 foram apenas 19.871. País essencialmente católico, na grande maioria de sua população, tais números evidenciam o ardor dissolvente das doutrinas de impiedade e do ateísmo, e a veemência que inspira o combate que lhes move a Igreja. Nesse país, 40%, em média, dos casais

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