Estudos Históricos e Políticos

os últimos conflitos seriam a Cabanagem do Pará, vencida em 37, a de Pernambuco, debelada em 40, e a Revolta dos Farrapos, no Rio Grande do Sul, terminada em 45. Guerras externas, não havia mais. Cessara a crise do xém-xém. Uma política orçamentária mais ponderada reduzia os deficits. De 1840 a 41, as taxas ainda oscilaram de 33 a 29 1/4, mas de 1842 a 1846 fixaram-se entre 24 1/2 e 28, com tendências altistas.

Foi o momento escolhido para o voto da nova paridade, que traduzia a situação do mercado, com experiência de mais de cinco anos: 27 pence por 1$000.

Estavam-se formando financistas entre os nossos homens de Estado. Domina o período o visconde de Itaborahy, cujo valor bem se pode aferir pelo fato de que a ele se recorria sempre nos momentos difíceis do Tesouro. De 1846 a 1865, com intervalos curtos em que a taxa foi superior a 27 d., a média oscilou entre 24 1/2 e o par, mais próximo deste último. De 65 em diante; queda notável, correspondente à guerra do Paraguai: chegou, transitoriamente, a 14 d., mas, de preferência, variava em torno de 20 d. Terminada ela, voltaram os cursos a firmar-se entre 24 e 27, até 1875.

Começaram, então, os influxos da questão servil, da expansão dos gastos públicos, fase na qual os extremos cambiais foram 17 1/2 (excepcionalmente) e o par, mas ficando o ponto médio nas proximidades de 20 a 21, até que o máximo de 27 d., e mesmo mais, fosse atingido em 1889.

Com a República, teve início a derrocada. Insegurança pública, motins, revoltas, expansão inconsiderada de gastos, más finanças, desconfiança generalizada, levaram as taxas a 15 d., em média, em 1891, a 103/32, em 1894, a 9 1/2 em 1895, a pouco mais de 7 em 1897, ano do primeiro funding. Entrou-se, então, em período de reconstrução.

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