Estudos Históricos e Políticos

Já em 1902, o equilíbrio quase constante é obtido em torno de 12 d., e a progressão nos sete anos seguintes regista as médias de 12 9/32, 12 7/32, 15 57/64, 16 3/4, 15 1/2 e 15 1/4.

Com o advento de novo período presidencial em 1910, e a criação da Caixa de Conversão, as taxas estabilizaram-se em 16. Pouco a pouco, com o desenvolvimento pacífico do país, completaram-se os depósitos desse aparelho emissor, e atingiram o máximo legal. Liberto o câmbio, logo manifestou sua tendência ascensional, corolário lógico do progresso evidente de nossa terra. Em breve, sem estorço nem intervenção, andavam os cursos pelas cercanias de 18 pence.

Assumiu o governo, então, o presidente Hermes. Sem falar na estranha política financeira logo posta em prática, começaram verdadeiros desatinos partidários e administrativos, que comprometeram e arruinaram a obra de saneamento monetário levada a efeito pelos presidentes Campos Salles e Rodrigues Alves.

Coube ao quadriênio 1914-1918 liquidar o passivo das devastações realizadas no período anterior, e cumprir o segundo funding, a que tais loucuras haviam conduzido. O que foi o complexo de operações exigidas para cumprir tal programa é cousa geralmente desconhecida, mas que, oportunamente, será contada. Tal a força imanente no país, entretanto, que, sem o menor artifício, regularizadas as contas, pagos os débitos e cumprido em menos de três anos o contrato de moratória, em plena guerra mundial, fechadas todas as antigas fontes de crédito, subiram, ainda assim, as apólices de 691$ a 840$000, e o câmbio de cerca de 11 d. às proximidades de 14.

Finda a guerra, houve uma fase de alta em que as taxas voltaram ao nível de 18 d. Mas logo retrocederam, pois em parte a alta relativa de câmbio brasileiro se baseava

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