os preços das utilidades. Greves permanentes reinavam para se obter equilíbrio entre salários, custo da vida e câmbios.
Foi quando se propôs a criação do rentenmark.
Todas as propriedades passavam a ser hipotecadas por 50% ao Estado, a fim de servirem de base à nova moeda criada. Esta continuaria a paridade anterior, e viria garantida por novos valores indestrutíveis: terras, fábricas, riquezas existentes, reservas inexploradas; penhor que só desapareceria globalmente se um cataclisma fizesse subverter a face do orbe. E a audaz tentativa, filha direta da ideia cooperativista, salvou o antigo Império dos Hohenzollerns, e deu novo fundamento estável à sua renovada expansão em todos os rumos.
Tal exemplo, um dos maiores, por certo, ao lado do vulto sempre a dilatar-se do crédito das Caixas e de suas Uniões, é mera prova de elasticidade intrínseca do conceito primitivo. Ninguém ainda, entretanto, por demais recente a criação genial, logrou prever toda a potencialidade realizadora desta. Sente-se, apenas, o âmbito imenso em que tal princípio pode aplicar-se com vantagem, na produção material como nos mesmos empreendimentos intelectuais.
Esse o lado econômico da solidariedade ilimitada, a que, por seu extraordinário escopo e poderosos meios de realização, observadores insuficientes pensam poder restringir a cruzada raiffeisiana.
Olvidam, porém, a face mais alta, mais nobre, mais comovedora: o intuito moral e religioso.
Não entremos em controvérsias. Protestantes de todas as variações, tanto quanto ortodoxos romanos, pululam em tais associações, a par de indiferentes e incréus. Não foi um grande papa, Pio IX, que disse ser o batismo a