O que tem triunfado até agora revela, principalmente, o poder da cooperação. A solidez da base constituída pela integração de infinitamente pequenos, pela associação de recursos, pela soma de forças isoladas aplicadas a um alvo comum, eis o que se ostenta no progressivo desenvolvimento traduzido pelos balanços. Não se nota, por igual, o pulsar cada vez mais vigoroso do sentimento divino.
* * *
Claro, a causa está na dificuldade da cruzada. Ainda se acha em início nossa educação cooperativista. Contrária toda ela a história nossa, desde os tempos da Metrópole e ainda depois da Independência, tecido de atos individuais a subjugarem e arrastarem, por vezes, multidões.
Mas é preciso refletir que datam apenas de fins do século passado, entre nós, as primeiras cogitações sobre sistemas de crédito agrícola, erroneamente confundido com o hipotecário; e que saído das preocupações puramente intelectuais ou oficiais, o trabalho de propaganda realizadora começou com a campanha benemérita de Wencesláo Bello, de Ignacio Tosta, dos grupos de Friburgo e Petrópolis, com Placido de Mello à frente e escolhido núcleo de auxiliares de real valia, em 1908, batalhadores todos de vanguarda aos quais se vieram juntar novos entusiastas, crentes na obra abençoada de Raiffeisen. Poucos ainda, entretanto, e, centuplicados fossem, sempre poucos, tal o escopo a alcançar.
Para trinta milhões de brasileiros, a 1.500 sócios conforme o preceito do Mestre, fôra preciso termos 20 mil caixas... e quão longe ainda estamos do primeiro milhar. Nem se diga isso por desânimo. Ao contrário, seja estímulo para redobrarmos de esforços conquistadores da alevantada meta.