História das explorações científicas no Brasil

ao Dr. José Vieira Couto, médico residente em Tejuco, para "fazer observações e exames mineralógicos e metalúrgicos em, toda a comarca de Serro Frio pelo interesse que dele poderia provir ao real erário e público." Desse estudo feito pelo Dr. Vieira Couto chegaram até nós algumas Memórias sobre a Capitania de Minas Gerais, salitreiras naturais de Monte Rorico, sobre as minas da Capitania de Minas Gerais e sobre as Minas de cobalto da mesma capitania.

Queixando-se (embora veladamente) do descaso em que ficavam muitas minas, quando o seu rendimento já não dava os ótimos resultados primitivos, escrevia um escritor anônimo sobre as minas de Cantagalo, em 1805: "Sendo aquelas minas, na maior parte, compostas de terrenos lavadeiros, para onde as águas carregam o ouro das montanhas no tempo das enchentes ou aluviões, não é de admirar que, sem se explorarem as montanhas, onde existe, segundo a melhor teoria da natureza, aquele metal em betas, folhetas ou veios, nas fendas verticais das rochas, ou ainda em algumas horizontais, pelas alterações que tem sofrido o nosso planeta, tenham tido tão diminuto rendimento as lavras de Cantagalo".

Chegara por esse tempo ao Rio de Janeiro, vindo de Buenos Aires. depois da reconquista da cidade, com uma carta de recomendação para o Conde de Linhares, inglês João Mawe que era apontado como pessoa entendida em mineralogia. Mandou-o o Vice-rei examinar uma suposta mina de prata nessa mesma região de Cantagalo, expedição de resultados inteiramente negativos. De volta dessa zona fluminense, teve Mawe autorização para visitar a região diamantífera de Minas Gerais, "nenhum outro inglês tendo jamais iniciado empresa semelhante com esses requisitos indispensáveis ao sucesso — permissão e sanção do Governo". como diz ele no seu livro, publicado

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