em 1812, o qual, sem ser propriamente uma obra de caráter científico traz valiosas observações sobre o modo de ocorrência, do ouro e das pedras preciosas nas lavras do Brasil.
Já em 1803 o Regente encarregara aos brasileiros José Bonifácio de Andrada e Silva e Manuel Ferreira da Câmara Bittencourt e Sá, que tinham, em comissão do governo português, feito extensas viagens pela Europa e estudado nas melhores escolas, de confeccionar um novo código de mineração. Dos estudos feitos no Brasil por Andrada e Silva (aqui completamente absorvido pela política) só se conhecem algumas notas, aliás interessantíssimas, publicadas como apêndice ao Manual de Geologia de Boubee.
Vieram com Dom João VI para o Brasil dois engenheiros alemães, que tinham estado por alguns anos no serviço do reino, no Real Corpo de Engenheiros, e que inauguraram os métodos científicos nas explorações geológicas e mineralógicas do Brasil. Eram eles o Tenente-Coronel Guilherme L. Von Eschwege e o Sargento-mor Frederico Luis Guilherme Varnhagen.
A seu respeito escreve Derby: "Ainda que as suas funções oficiais fossem exclusivamente industriais, ambos se ocuparam com a investigação geológica e mineralógica do país. De Varnhagen temos uma só contribuição escrita, uma interessante nota das suas observações entre Santos e Ipanema, comunicada em carta a Eschwege e estampada por este no seu Jornal von Brasilien. É, porém, evidente que grande parte das informações dadas por Eschwege e por Spix e Martius Sare Ipanema são devidas a comunicações verbais de Varnhagen ". (5)Nota do Autor