História das explorações científicas no Brasil

Jardim Botânico e zoológico do Brasil, em moldes que, passados três séculos, ainda os nossos governantes não quiseram repetir. No Brasil ninguém tem a oportunidade de conhecer a sua fauna, a não ser que possa ir procurá-la nos jardins zoológicos estrangeiros.

Em torno do seu palácio de Vrijburg fez Nassau preparar um parque onde vicejavarn as mais belas plantas, como num "jardim encantado" (no dizer de Barbalaeus) e Waetjen nos informa: "A seção zoológica era povoada de exemplares escolhidos de animais e pássaros da fauna brasileira; os viveiros foram providos de peixes; e qualquer habitante da Nova Holanda que tinha ocasião de encontrar uma planta rara ou apanhar um animal não visto com frequência, contribuía com o seu espécime para o enriquecimento da coleção do Príncipe".

Que imensa tristeza não sente o naturalista ao refletir que desse inestimável tesouro nada ficou, nem essa semente esplêndida do amor pela nossa vida ponde frutificar neste país que, por possuir uma das mais opulentas naturezas do mundo, tem demonstrado o maior desprezo pela mesma, destruindo flora e fauna rápida e completamente. Quando teremos um êmulo de Maurício de Nassau, a dizer-se, cheio de ufania, discípulo de um Marcgrave?

Os principais frutos da expedição científica holandesa ao Brasil são assim resumidas por Gudger :

1 — Manuscritos astronômicos e matemáticos de Marcgrave (ao qual poderíamos acrescentar o Tractatus topographicus et meteorologicus);

2 — Grandes coleções de história natural;

3 — Manuscritos de Pies e Marcgrave sobre história natural e medicina;

4 — Duas coleções de figuras de plantas e animais brasileiros, uma a óleo e outra em aquarela.

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