História das explorações científicas no Brasil

cuja dedicatória (e provavelmente as primeiras laudas) já redigira em Pernambuco, dizendo da sua gratidão pelo preclaro Príncipe João Maurício de Nassau.

A História Natural do Brasil de Marcgrave compreende 303 páginas, ilustradas com 429 estampas grosseiras e está dividida em oito livros a saber: "das ervas", no qual se descrevem 149 espécies, 86 devidamente figuradas; "dos arbustos e plantas frutíferas", com 48 espécies e 39 figuras; "das árvores", em número de 104, 75 ilustradas; "dos peixes e crustáceos", contando 131 espécies com 105 figuras; "das aves", com 117 espécies, apenas 54 figuradas; "dos mamíferos terrestres" (26 espécies, todas com as respectivas figuras) "e répteis" (19 espécies e sete figuras) ; "dos insetos", o livro mais pobre, pois apenas aí se refere a 55 artrópodes terrestres, dos quais 29 com péssimas figuras; "da região e seus habitantes". Às descrições de Marcgrave junta João de Laet mais de cem notas, quase todas tiradas do livro de Ximenes sobre as plantas e animais da Nova Espanha (10).Nota do Autor

Muitas das espécies de Linneu são meras e singelas referências às descrições de Marcgrave. Trabalhos mais conscienciosos de determinação apareceram no século passado, sendo os animais tratados por Lichtenstein em uma série de memórias (1814-1826) e as plantas por Martius, no sétimo volume dos Anais da Academia da Baviera (1853-1855). Comemorando o tricentenário da chegada de Nassau a Pernambuco pensou um grupo de trabalhadores entusiastas e desinteressados em fazer a edição nacional da obra de Marcgrave, traduzida e anotada pelos três mais abalizados especialistas de cada

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