História das explorações científicas no Brasil

Em companhia de Emilio Goeldi, diretor do Museu, do assistente da secção de zoologia, sr. G. Hagmann e do auxiliar R. Siqueira fazem os zoólogos uma pequena expedição a Cametá. Se os resultados e notas de Natterer, cujas pegadas foi seguindo a expedição Steindachner, eram completamente confirmados, os sonhos de Agassiz se desvaneciam diante de um estudo feito com menos entusiasmo e maior cunho científico. Aliás sobre o naturalista suíço-americano, já haviam escrito os Eigenman: "Suas discussões são, contudo, de mais valia como notas de campo ou simples sugestões do que como uma contribuição ao assunto, por isso que ele não consultara as obras dos escritores que o tinham precedido".

Com exceção dos peixes, descritos quase a seguir, pelo chefe da expedição, o outro riquíssimo material coligido só veio a ser publicado quase 20 anos mais tarde, tendo Lorenz Mueller estudado os mamíferos, cuidando especialmente dos morcegos Karl Toldt; as aves foram estudadas por Otmar Reiser, que caçara 693 aves, sendo 511 outras abatidas pelos seus auxiliares. Frederico Katzer estudou as tartarugas e jacarés, fazendo interessantes observações zoogeográficas.

A essa mesma região do Ceará e Pará veio em 1930 uma outra expedição alemã, organizada pela Universidade de Freiburg, especialmente para o estudo da anatomia

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