História das explorações científicas no Brasil

dos mamíferos, sendo constituída por Hans Boeker e Panzer. No Ceará foram até Joazeiro e serra do Araripe, limitando-se no Pará aos arredores de Belém. O material coligido foi estudado por Pohle (mamíferos), Panzer (aves), Lorenz Mueller (répteis e anfíbios) e Ahl (peixes).

Em 1908 começam as expedições Rondon, das quais já tratamos em outro capítulo. Vimos que só na de 1908 a 1910 seguia um zoólogo oficial, mas nem por isso se descuidou o grande chefe da colheita de material faunístico durante as outras expedições, todo ele destinado às coleções do Museu Nacional. Na expedição de 1910 a 1912, segundo dados de Miranda Ribeiro, o material faunístico foi coligido pelos botânicos FRED, Carlos Hoehne

e irmãos Kuhlmann. Na expedição Roosevelt-Rondon foi maior o número de coletores: Fred, Carlos Hoehne, Arnaldo Blake Santana, H. Reinisch, Tenente Pireneus de Sousa e E. Stolle e na de 1914-1915 o próprio chefe da expedição Coronel Cândido Rondon, e mais o Tenente Pireneus de Sousa e Emil Stolle.

Nestes sete anos as expedições Rondon trouxeram para o Museu Nacional 5.667 animais, assim discriminados:

Expedição Rondon ao Madeira 3.600 especímenes

Expedição 1910-1912 200 "

Expedição Rondon-Roosevelt 408 "

Expedição 1914-1915 1.459 "

Nessa rica colheita foram calcados os trabalhos de Miranda Ribeiro sobre Mamíferos e Peixes, Carlos Moreira sobre Crustáceos, Adolfo Lutz sobre mutucas e Hermann Von Ihering sobre os Moluscos.

Em 1910 veio uma segunda expedição americana ao Nordeste, chefiada por um dos maiores amigos do Brasil,

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