História das explorações científicas no Brasil

o geólogo Casper Branner, que pela primeira vez aqui estivera na expedição Morgan. Visitaram apenas os estados nordestinos, especialmente Rio Grande do Norte e Ceará, estudando principalmente a geologia da região, tendo coligido também abundante e precioso material faunístico, já todo descrito por especialistas americanos, tendo sobre as aves escrito Helmayr uma grande monografia, com avultado número de formas peculiares à região, especialmente pássaros, Starks estudado os peixes, Ralph Chamberlin tratado dos Miriápodes e aracnídeos, sendo os insetos estudados por vários especialistas (Rehn para os ortópteros, etc.).

Em 1905, desejando resolver o problema do desenvolvimento embrionário dos marsupiais, cujo interesse fora despertado pela importante monografia de Hill sobre os marsupiais australianos, resolveu o professor Bresslau fazer uma viagem científica à América do Sul, especialmente ao Brasil. Pouco antes, em 1910, viera ao baixo Amazonas pequena expedição alemã, chefiada por Lorenz Mueller de Munich e nesse mesmo ano de 1913 o professor Hans Bluntschli de Francfort chefiava outra expedição ao alto Amazonas, iniciada no ano de 1912 com o Dr. Berhard Peyer. O material zoológico da expedição Bluntschli é principalmente de origem peruana.

Pretendia Bresslau seguir o mesmo rumo dos seus compatriotas, com a intenção de coligir planárias terrestres (lesmas) mas uma carta de Emilio Goeldi, na qual lhe dizia que "se as planárias não eram de todo ausentes no vale do Amazonas, pelo menos aí seriam muito raras", o fez mudar de programa e dirigir-se para o sul do Brasil.

Partiu Bresslau de Hamburgo no paquete Koenig Friedrich August no dia 27 de julho de 1913, chegando ao Rio a 22 de agosto, aqui encontrando a Hill, o que

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