na Argentina (com a qual não é, aliás, dos mais benevolentes em seus conceitos). Sua primeira viagem nesse país foi à Patagônia. De volta a Buenos Aires, logo partiu para o Norte, subindo o rio da Prata e Paraguai. Atravessou o Chaco argentino e boliviano, subiu os Andes e regressou para a Europa por Valparaíso, onde embarcou a 3 de setembro de 1833. Tendo estudado mais particularmente os Guaranis e índios meio civilizados das missões bolivianas, esteve também em contato com alguns índios do extremo oeste de Mato Grosso. Tendo penetrado em nosso território na altura do forte Príncipe da Beira, à margem do Guaporé, subiu por esse rio até Vila Bela, regressando pelo mesmo caminho fluvial para a Bolívia.
Sobre o valor, para o Brasil, dessa expedição, escreve Roquette Pinto: "D'Orbigny teria sido o fundador da antropologia indígena sul-americana se houvesse podido estudar mais tipos naturais. Quase um século depois da publicação do seu Homem Americano, os cientistas, no mundo inteiro, interessam-se novamente por aquelas questões de "fisiologia antropológica", tão claramente expostas por ele em 1839.
"Longe de querer isolar os tipos, como fizeram alguns modernos, pela exclusiva consideração das formas cranianas, D'Orbigny compreendeu que as relações do meio não se limitam assim; e passou revista em todos os detalhes da organização, verificando até que ponto eles poderiam ser ligados às condições ambientes.
"Sejam quais forem as falhas da sistemática etnológica que se lhe possam increpar, o critério a que se amparou e o modo por que realizou o estudo entropológico dos índios sul-americanos, dão-lhe direito a ser considerado daquela honrosa maneira. Infelizmente o material colhido por D'Orbigny foi pequeno. Sua raça brasileo-guarani