Expedição científica brasileira, injustamente esquecida, é a que realizou, por determinação do Governo Imperial, o grande botânico João Barbosa Rodrigues no vale do Amazonas, de 1871 a 1884, com pequenas interrupções, depois de ter, por mandato do mesmo Governo, visitado os estados do Nordeste em 1869. Desse nosso botânico e etnógrafo escreveu Hermann Von Ihering, sempre tão avaro de elogios: "Barbosa Rodrigues é, sem dúvida, a figura mais proeminente entre os naturalistas que nasceram no Brasil. Comparável ao seu grande colega Martius, ocupou-se com igual sucesso de botânica, de etnografia e de arqueologia do país".
De 1871 a 1874 explorou Barbosa Rodrigues os rios Capim, Tapajós, Trombetas, Jamundá, Urubú, Jatapú, Madeiras, estudando treze subtipos de índios que habitam nas suas margens, limitando-se, infelizmente, a mensurações de indivíduos do sexo masculino. (10).Nota do Autor
"Todavia", escreve Roquette Pinto, "as anotações descritivas que lhe ficamos devendo, têm maior valor. Barbosa Rodrigues começa pondo em destaque, como critério diferencial importante, as proporções entre o tronco e os membros, nos indivíduos das raças negra e americana: