História das explorações científicas no Brasil

Entre a expedição de Solis e a portuguesa de Martim Afonso de Sousa veio às costas do sul do Brasil Diego Garcia, partido de la Coruña em 15 de janeiro de 1526. Demorou-se em São Vicente alguns meses, seguindo depois para o sul, indo até à lagoa dos Patos, onde encontrou a Sebastião Gaboto, que saíra de Espanha em abril de 1526, com quatro navios, a tentar a viagem à Índia pelo caminho do sul, seguindo sempre para oeste.

Baldados os protestos diplomáticos da coroa portuguesa junto aos reis Cristianíssimos pelas incursões das naus de Honfleur e Dieppe às costas desocupadas da possessão americana, \"resolveu Dom João III agir em som de guerra\". Escreve Bernardino de Souza: \"Em 1527 Cristovam Jacques, que antes estivera no Brasil (1516) onde fundara uma feitoria junto a Itamaracá, vinha na expedição denominada de \"guarda-costa\". Cristovam Jacques cumpriu exatamente a sua missão: aprisionou naus inimigas que carregavam pau-brasil; combateu os contrabandistas, principalmente três naus bretôas, num dos recôncavos da baía de Todos os Santos, pertencentes aos armadores Yvon de Coetugar, François Gueret, Jean Burcan, Mathurin Tournemouche e Jean Janet; e de volta levou a Portugal cerca de 200 prisioneiros que escaparam aos golpes da luta\".

Prosseguiam, apesar disso, as conquistas francesas ao longo da estirada costa. Resolveu Dom João III enviar o seu amigo de juventude, o grande Capitão Martim Afonso de Sousa, esse de quem disse Camões, era

\"Tanto em armas ilustre em toda a parte
quanto em conselho sábio e bem cuidado \".

Trazia Martim Afonso de Sousa (a quem onze anos mais tarde caberia a glória de levar consigo para a Índia a São Francisco Xavier) a tríplice missão de

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