Graças a esse acordo foram nomeadas comissões mistas para fazer o reconhecimento dessas duas regiões. Do reconhecimento do Purus foi encarregado Euclides da Cunha. Do resultado dos seus estudos, como dos mais tarde realizados por Ferreira da Silva trataremos no seguinte capítulo. O Tratado de 8 de setembro de 1909 determinava de maneira definitiva as lindes do Brasil com o Peru. Coube à comissão mista Ferreira da Silva-Roberto Lopez demarcar a fronteira nele estipulada. Esse trabalho penoso e de alto valor científico "foi totalmente executado, sem a mínima solução de continuidade, na extensão de 1.565 quilômetros 33m.39, sendo 572 quilômetros 774m,11 por água e 992 quilômetros 309m,28 por terra, a despeito das inúmeras dificuldades que se antolhavam, sempre vencidas por todo o pessoal", sendo assinalada por 86 marcos.
O Contra-almirante Antonio Alves Ferreira da Silva, que chefiou a comissão de limites com o Peru, já servira como subchefe da comissão demarcadora mista brasileiro-boliviana, que sob as ordens do Almirante José Cândido Guillobel, demarcara os limites estipulados pelo tratado de Petrópolis de 1903.
Se a parte austral da nossa fronteira só preocupava o governo de Lisboa pelos cuidados que lhe dava o seu constante inimigo — Castela — o extremo norte era o pesadelo de sempre, principalmente pelos ataques dos hereges que ameaçavam instalar-se nessa região tão rica e