As minas do Brasil e sua legislação

"Entre esta serra e a dos Correntes que separa as nascentes do Suaçuí Grande das do Suaçuí Pequeno, abre-se um extenso vale pouco acidentado, onde estão situadas a povoação do Patrocinio e a florescente cidade do Peçanha. Nas margens do Ribeirão Tronqueira, afluente do Suaçuí Pequeno, existe um depósito de aluvião notável pela sua extensão e bastante aurífero. Os elementos que o formam foram certamente arrastados da Serra dos Correntes e principalmente dos terrenos auríferos do Candonga. Na distância de mais ou menos quatro quilômetros, o cascalho é coberto por camadas de quatro a cinco metros de espessura, de um barro tão pouco consistente que as catas, tendo de boca 30 ou 40 palmos de diâmetro tocam no cascalho apenas com dez ou 12."

Mina de Candonga

Esta mina foi estudada por E. Hussak e Miguel A. Ribeiro Lisbôa. Está situada à margem do córrego Candonga que é tributário esquerdo do Rio Guanhães, e dista cerca de 12km da cidade de São Miguel de Guanhães. A região é arqueozóica (complexo cristalino) com ilhas de Série de Minas, como ocorrem nos altos das serras da Luciana e Candonga. Predomina o itabirito, que fora de Candonga diminui de importância, parecendo pela descrição de M. A. R. Lisbôa que os xistos se tornam mais conspícuos.

Os trabalhos de exploração da mina foram atacados no declive da montanha, em frente da fazenda de Candonga; o caminho da sede à mina percorre terreno gnáissico até a altura da primeira galeria, vindo para os níveis superiores a jacutinga e o itabirito.