O engenheiro Othon Henry Leonardos, que percorreu esta zona em 1934, colheu pessoalmente ou recebeu muitas amostras de quartzo piritoso dos vieiros da região; mas todo o material examinado no Laboratório Central mostrou encerrar teores inferiores a dois gramas de ouro por tonelada.

A região é, contudo, praticamente inexplorada, com grandes dificuldades de comunicação.

Município de Bocaiúva

Ao longo de toda a Serra de Paranapiacaba, que se estende dos arredores de Curitiba até as proximidades de São Paulo, encontram-se vieiros auríferos cortando as formações algonquianas.

Na nova estrada de automóveis de Curitiba a Ribeira, que atravessa o extenso município de Bocaiúva, encontram-se sucessivamente gnaisse, cortado por diques de pegmatito, depois alternadamente filitos, quartzitos e mármores, atravessados por vieiros de quartzo e por diques de diabásio. Do km 71 até o km 76, a estrada atravessa um grande maciço sienítico, cujos bordos são constituídos de essexito.

Consta que em várias localidades ao longo desse percurso há vestigios de ouro nos córregos, ouro que promana dos vieiros de quartzo.

No lugar denominado Ouro Fino, perto de Pedra Preta, encontra-se um vieiro contendo ouro e galena, na propriedade do Sr. Joaquim Florencio de Barros.

Pelo Decreto nº 7.617, de 31 de janeiro de 1880, foi o Sr. Luiz Reynaud autorizado a pesquisar, pelo prazo de dois anos, jazidas de ouro no município de Arraial Queimado, hoje Bocaiúva.