nossas, a quem os observa criteriosamente. Para isto são necessários aparelhos poderosos, britadores cujo peso é muito maior, mil objetos, enfim, que só podem ser transportados em vias férreas e, na melhor das hipóteses, para peças de peso inferior a 1.200kg, em carros de bois. Este último gênero de transporte, além de dispendioso, não pode ser empregado em toda parte por falta de caminhos onde possam transitar os veículos. Como levar destes aparelhos para centro de Goiás, por exemplo, onde existem excelentes jazidas, se da última estação de via férrea até ali medeiam duzentas ou trezentas léguas?

Há, portanto, ligação íntima entre a viação férrea ou de rodagem e a valorização das jazidas auríferas dos distritos centrais do Brasil, zonas quase virgens e que, em tempo dependente da chegada dos meios rápidos de transporte, se tornarão produtoras de ouro, em grau mais elevado ainda do que o estado de Minas Gerais.

A escassez de combustíveis e a abundância de quedas d'água têm levado a recorrer-se quase sempre às últimas para o fornecimento de energia motora. Esta tendência de dia para dia se reforça, pois o uso crescente das correntes polifásicas tem aumentado o raio dentro do qual a transmissão de forças se pode fazer em condições econômicas. Sendo cada vez mais comum utilizarem-se grandes energias de origem hidráulica e incumbir o fluxo elétrico de levá-las à distância, cumpre desde já prever o desenvolvimento ainda maior desta solução, facilitando os meios de introduzi-las sem embaraços por parte dos proprietários dos terrenos atravessados pelos cabos condutores. O caso já se apresentou