As minas do Brasil e sua legislação

escala, feita em São Bento, deram um coeficiente da extração de 93%. Pode bem ser que ainda intervenham aí, para reduzir esse aproveitamento, reações provenientes da composição complexa de certas rochas auríferas, onde a presença da calcopirita pode dificultar o esgotamento total do ouro da substância. É, pois, o caso de se desejar que os laboratórios oficiais, e os das empresas, auxiliados pelo governo, se necessário for, encetem estudos de processos extrativos aplicáveis aos tipos mais comuns do material de enchimento das jazidas intrusivas. Da prática de processos baratos, extractores da quase totalidade do metal precioso dos vieiros, dependerá a valorização de inúmeros depósitos filonianos, de grande massa, mas cujo teor os torna inaproveitáveis, dados os mínimos dos preços de custo dos métodos hoje seguidos. Já a cianuteração abaixou o limite; é urgente, pois, norteiem os laboratórios industriais suas pesquisas em rumo de ainda abaixar o teor mínimo acima do qual já se torne compensadora uma jazida.

O mesmo reparo poderia ser feito no tocante aos dispêndios de energia que ainda hoje se notam em muitos engenhos, não só quanto às despesas feitas com a aducção de água por meio de longos regos de custosa construção e difícil e cara conservação, como também quanto aos sistemas de transmissão adotados. Tanto quanto possível, cumpre orientar o novo aparelhamento de nossas lavras, no sentido de recorrer-se à eletricidade como elemento de ligação entre os motores hidraúlicos nas quedas e receptores nas usinas de preparação mecânica, e, nestas mesmas, entre os dínamos distribuidores e os motores colocados ao serviço peculiar de cada aparelho.