as antigas usanças locais; preceitos mais rigorosos foram seguidos para as construções; regras higiênicas, pouco observadas alhures nas vilas vizinhas, dão a estes arraiais fisionomia peculiar.
A par destas vantagens e do grande impulso dado ao desenvolvimento da riqueza pública pela criação de centros importantes de trabalho e de consumo, nota-se como feição característica a existência de uma zona inteiramente segregada do resto da população, constituída pelo pessoal dirigente e seus auxiliares, todos ingleses ou filhos e netos destes, tão aferrados à patria de seus ascendentes que, já representando a segunda geração nascida no Brasil, ainda se declaram estrangeiros e falam a língua da terra com fortes sotaques britânicos. Não há nesta observação nenhum intuito deprimente, antes é o reconhecimento da forte individualidade étnica da raça, que se mantém pura través tantas causas de dissolução; mas isto mostra que, excelentes amigos nossos embora, formam sociedade à parte, em que só a custo penetram elementos nacionais.
O mesmo fato reproduz-se na direção dos serviços, e quando se reúnem os diferentes chefes das divisões, mesmo das mais simples, nota-se que nenhum brasileiro aí figura. Não é que nos faltem aptidões especiais, e nem há fofa vaidade de mal-entendido patriotismo em afirmá-lo; mas é o princípio, inconscientemente dominador das ações humanas, de agregação dos elementos similares, que leva os diretores estrangeiros a se cercarem de compatriotas até para as tarefas mais despidas de dificuldades profissionais. E a melhor prova de que não existe intuito preconcebido de exclusão de brasileiros em favor de estrangeiros, está no fato de que, em outros lugares, aparecem profissionais nacionais colaborando junto a forasteiros na direção dos mais