vezes se obtém um rendimento superior a 20g de ouro por metro cúbico de cascalho.
Entre Samambaia e Jenipapeiro há grandes várzeas com depósitos de cascalhos. Esta faixa de terrenos aluvionares se alarga entre poucas dezenas de metros até 200m e 300m.
Consideraremos, para dar ideia da ordem de grandeza destes depósitos, os seguintes dados colhidos de impressão: extensão, 25km; largura, cem metros; espessura, 50cm, ou sejam, 1.250.000 metros cúbicos de cascalho que, a uma média de cinco gramas de ouro por metro cúbico, representa uma reserva de 6.250kg de metal, no valor aproximadamente de 125.000:000$000 (1).
Embora aleatórios, estes números servem para justificar sejam feitas pesquisas mais cuidadosas em toda a região, com o fim de determinar com melhor aproximação a reserva de ouro disponível nessas aluviões.
Desde 1931 trabalha muita gente no Itapicuru. Em 1932, o delegado Felisbertino Sá Oliveira, da Diretoria de Terras e Minas do estado, registrou 500 faiscadores.
Em 1934, somente em Conceição, havia para mais de 300 faiscadores; cerca de 800 em todo o distrito Queimadas-Santa Luzia.
No período das chuvas, o rio inundando as margens torna difícil o trabalho dos faiscadores.
Logo que as águas começam a baixar, os faiscadores, reunidos em pequenos grupos, abrem junto ou longe do rio grandes catas até por a descoberto o cascalho do fundo, o qual é lavado na bateia à beira da corrente. Tanto o cascalho como a capa de terrenos estéreis é retirada por meio de calumbês de madeira, carregados à cabeça, à maneira
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