inventário dos bens, o acervo das minas do Açuruá figurava com o valor de dois contos de réis.
Mantido indiviso o acervo das minas de ouro do Açuruá, são atuais proprietários destes bens os seguintes condôminos: Nicoláu Augusto Rodrigues, Lysanias de Cerqueira Leite, Jaziel de Cerqueira Leite e Isabel Normandia Rodrigues.
As jazidas pelos mesmos manifestadas ao Ministério da Agricultura em abril de 1935 estão sendo demarcadas pela Diretoria de Terras e Minas do estado da Bahia. Elas têm os nomes de Gentio do Ouro, Lavra Velha, Baixa Grande, Lagoa, Mineiro, Desterro, Jacá, Jardim, Olhos D'Água, Paraginha, Macacos, Caldeirão do Ouro, Fundo Manso e São Domingos.
Não há estatística sobre a produção de ouro na Serra do Açuruá. A faiscação foi sempre, aí, muito irregular. Segundo uma nota inédita do Dr. Eugenio Hussak, antigo petrógrafo do Serviço Geológico teriam sido extraídos, em 1887, de uma cata aberta nas aluviões do Açuruá, cerca de 50kg de ouro.
O engenheiro Edgar da Silva Freire, da Delegacia dos Terrenos Diamantinos, nos informou ter encontrado, em 1931, cerca de quatro mil garimpeiros trabalhando no município de Gameleira do Açuruá. Deste total, cerca de 3.200 mineiros extraíam carbonados na bacia de Poços, cerca de 500 operavam em torno de Santo Inácio e os 300 restantes faiscavam ouro no Gentio.
Encontram-se na Serra do Açuruá não só extensas aluviões, como também possantes vieiros, contendo disseminadas na massa de quartzo volumosas pepitas de ouro, chegando às vezes a pesar quilogramas. Estes vieiros nunca foram devidamente estudados. Os engenheiros Timotheo da Costa e Paulo Frontin a eles se referem com otimismo. Mas é preciso ter-se em conta que provavelmente