parte da gente que levava; e ele com algumas pessoas escaparam nos batéis e uma caravela em que foi ter às Antilhas. E depois deste fidalgo ser em Portugal, se passou à Índia, onde acabou valorosos feitos; e vindo-se para o reino muito rico e com tenção de tornar a cometer esta jornada acabou no caminho em a nau S. Francisco, que desapareceu sem até hoje se saber novas dele.
CAPITULO V
Que declara a costa da ponta do Rio das Amazonas até
o do Maranhão.
A ponta de leste do Rio das Amazonas está em um grau da banda do sul; desta ponta ao Rio da Lama há 35 léguas, a qual está em altura de um grau e três quartos; e ainda que este rio se chame da Lama, podem entrar por ele dentro, e estarem muito seguras de todo o tempo, naus de 200 tonéis, o qual rio entra pela terra dentro muitas léguas.
Deste rio à ponta dos baixos são nove léguas, a qual está na mesma altura de um grau e 3/4. Nesta ponta há abrigada para os barcos da costa poderem ancorar.
Da ponta dos baixos à ponta do Rio Maranhão são dez léguas, onde chega a serra Escalvada, e entre ponta e ponta tem a costa algumas abrigadas, onde podem ancorar navios da costa; a qual ponta está em dois graus da banda do sul.
Até aqui se corre a costa noroeste-sueste e toma da quarta de leste-oeste; e desta ponta do rio a outra ponta são 17 léguas, a qual está em altura de dois graus e três