O negro brasileiro 1º v. - Etnologia religiosa

do Norte era a expressão flagrante de uma realidade palpável. A "color line" é qualquer coisa de tremendo que separa duas raças de uma maneira gritante e odiosa. E então foram os "pogroms" e "lynchings", os enforcamentos, todas as restrições da vida social, o isolamento do branco, os "Jim Crow Cars", os bairros negros — Harlem, em New York, Hill District em Pittsburgh, South, em Chicago etc.(2) Nota do Autor O Negro reagiu, então, na música. E à reação da fase da escravidão — com os seus plantations songs, labor songs, revival songs... — juntou-se à outra, a da odiosidade social, originando o inquietante barulho do jazz, cujos ritmos de uma imensa dor quebram os muros de Harlem e levam ao mundo inteiro um brado de revolta e de reação! Os blues que subiram do Mississippi cantaram com uma suavidade ancestral toda uma longa história de dor e de sofrimento:

To be a Negro, in a day like this

Alas, Lord God, what will have we done