necessidades da guerra, mobilizou grande massa de negros que se derramaram por vários estados do Norte e do Nordeste americano.
Esta urbanização de, aproximadamente, dois milhões de Negros nos Estados do Norte, fenômeno que se completou depois da guerra, com a sua instalação nas grandes cidades — padrões do capitalismo industrial, trouxe movimentos de reivindicação, que vieram mais chamar a atenção do mundo para o "problema negro". Fala-se muito hoje de um "renascimento negro" nos E.E. U.U. Lembra Schoell que "the new Negro, Racial Revival, Exaltation of Things black, Negro Prestige", por exemplo, são expressões comuns hoje e que mal se encontravam, antes da guerra, sob a pena de escritores "brancos". É um verdadeiro movimento "pan-negro" com associações como a N. A. A. C. P. (National Association for the Advancement of Coloured People), movimento que tem à frente grandes escritores negros como Du Bois, Calverton, Brawley, Walter White etc.
Na realidade, a influência do Negro em toda a América vinha se fazendo de uma maneira lenta e insidiosa, mas inegável, a ponto de chamar a atenção de psicólogos, fora mesmo de toda a questão antropológica de fusões raciais etc. É assim que, depois de sua viagem à América do Norte, se expressou C. G. Jung, o grande psicanalista suíço dissidente(4) Nota do Autor: "O que logo me feriu a atenção foi a grande influência dos negros, influência psicológica sem mistura de sangue, naturalmente. É nos suplementos cômicos