das folhas americanas que se pode estudar melhor a exteriorização emocional do Americano, em primeiro lugar seu riso; encontra-se a forma primitiva do riso inimitável de Roosevelt no negro de América. Este andar particular, de articulações relativamente frouxas, quadris ondulantes, que se observa frequentemente nas Americanas, vem dos negros. A música americana tirou sua inspiração principal do negro; a dança é uma dança negra. As manifestações do sentimento religioso, os revival meetings, os holly rollers e outras estranhezas, são fortemente influenciadas pelos negros e pode-se facilmente comparar a famosa ingenuidade americana, em suas formas encantadoras tanto quanto em suas manifestações menos agradáveis, à puerilidade do negro. O temperamento em geral muito vivo que se manifesta não somente no jogo da bola, mas sobretudo no prazer extraordinário que se toma à expressão verbal e cujo exemplo mais frisante é a onda de incessante palavrório dos jornais americanos, pode dificilmente provir dos antepassados germânicos e assemelha-se antes ao bavardage da aldeia negra. A falta quase absoluta de intimidade, a enorme sociabilidade que absorve tudo, lembram a vida primitiva em suas choças abertas, na identidade completa de todos os companheiros do clã. Parecem-me que as portas de todas as casas americanas estavam continuamente abertas, da mesma forma que nas cidades do campo não há separação entre os jardins. Parece que se está em toda a parte, na rua.
\"É naturalmente difícil determinar no detalhe o que é precisa pôr à conta da simbiose com o negro e o que deva ser atribuído à circunstância de ser a América uma nação de
[link=31631]Imagem: Grupo de antigos carregadores africanos[link]
[link=31632]Imagem: Grupo de orixás-ídolos do culto gêge-nagô (Coleção Nina Rodrigues)[link]