A expedição do acadêmico G. I. Langsdorff ao Brasil, 1821-1828

de vida dos aleutas, dos industriais e das personalidades da Companhia Russo-Americana.

Após a visita à baía de Cook, no Alasca, e a segunda visita à ilha Unalasca, Langsdorff chegou a 13 de setembro de 1806 a Petropávlovsk. Tendo-se adiantado a chegada do inverno, nesse ano, teve de passar essa estação fria naquele lugar.

Em seu livro, Langsdorff consagrou todo um capítulo à descrição da criação de cães e aos transportes puxados por cães. (6) Nota do Autor Ele mesmo se acostumou tanto a esse gênero de transporte que, em companhia de apenas um kanuchadala, e dirigindo, ele próprio, seus cães, realizou uma longa viagem através da Kamtchatka — de 15 de janeiro a 25 de março de 1807. Nessa ocasião visitou os coriaques. (7) Nota do Autor

Langsdorff surpreendeu-se com o importante papel que desempenham os alces na vida dessa tribo. "Esse papel é tão grande como o das focas na vida dos aleutas, pois esse animal supre quase todas as necessidades da tribo".

A 14 de maio daquele ano, o "Rostislav" fez-se de novo a caminho, e a 15 de junho os viajantes chegavam a Okotsk.

Ali Langsdorff equipou uma caravana de l3 cavalos, com tropeiros iacutos, que pôde chegar até Iakutsk graças às provisões por ele trazidas da América em sua bagagem.

Durante a navegação que empreendeu, descendo o rio Aldana, Langsdorff pode conhecer mais de perto os iacutos e observar seu modo de vida. Surpreendeu-o a variedade de aplicações que este povo faz da casca de bétula; despertou-lhe observações que aqui transcrevo na integra.

"É digno de assombro notar examinando-se várias nações ainda incultas, como elas sabem prover quase todas as suas necessidades com uma única e simples coisa fornecida pela natureza.

Para muitos insulanos dos mares do Sul o bambu é tudo. Os aleutas, esquimós e outros povos dificilmente poderiam