em Vila do Príncipe dão-lhe 25 francos, porque há a considerar o risco corrido na saída do Distrito conduzindo pedras roubadas. Como os negros vendem indistintamente a peso todos os diamantes que eles furtam, sem fazer nenhuma diferença pelo tamanho, é sobre os de maior volume que o contrabandista aufere melhores lucros. É comum aos contrabandistas novatos serem enganados pelos escravos. Para isso os negros usam pequenos cristais aos quais fazem adquirir a forma e o aspecto dos diamantes brutos; para imitar a cor da pedra preciosa usam rolar os cristais no meio de pequenos grãos de chumbo. Mas, se o ignorante pode ser enganado por diamantes falsos, o homem prático sabe distingui-los facilmente; não somente batendo sobre eles, como também esfregando uns aos outros, metendo-os na boca e apertando-os contra os dentes para observar se produzem o som argentino que lhes é peculiar.
Se, apesar dos severos regulamentos existentes, se mau grado os esforços diariamente repetidos, não se pode chegar a impedir o contrabando, é falso, todavia, que ele seja tão generalizado no Tejuco como pretende Mawe (25) Nota do Autor; é falso que os diamantes aí circulem no comércio como moeda; é falso sobretudo que sejam obtidas, por meio deles, indulgências religiosas destinadas a dissipar os escrúpulos dos compradores. Passei um mês no Distrito e ninguém me propôs vender um diamante, ninguém mesmo me mostrou um só.
O governo não faz explorar senão os arredores do Tejuco, porque é lá que existe maior quantidade dessas pedras. Entretanto elas ocorrem ainda em