1840. É o poder legislativo informado pelo executivo: da necessidade de mais uma escola primária na capital, da pouca frequência das aulas no interior da província, devido à indiferença dos pais pelo ensino dos filhos. Ainda: que a aula de latim da Vitória não fazia progressos, cursada apenas por 12 estudantes. "Oficiei ao presidente da província do Rio de Janeiro para saber se era admitido à matrícula da Escola Normal e da de Arquitetos-Medidores, no decurso do ano, e se eram compatíveis às horas de ensino, de modo que pudessem ser frequentadas ao mesmo tempo ambas escolas. Respondeu-me que a matrícula se fechava no mês de fevereiro de cada ano, e que as horas das aulas eram incertas, visto que o diretor é que as marca, segundo julga mais conveniente. Fiz convidar por editais aqueles jovens que quisessem aproveitar, para apresentar os seus requerimentos, e somente dois apareceram; estes mesmos mais tarde desistiram. Tal o estado deste objeto. Torna-se sensível a falta de um colégio de artes mecânicas onde se recolham meninos expostos e órfãos desvalidos para aprenderem algum ofício. É um trecho do relatório do presidente. Há ainda os seguintes dados: 18 aulas de primeiras letras com 340 alunos. Há aulas de estudos maiores para as seguintes disciplinas: latim, francês, geometria, filosofia e retórica: só a de latim tem frequência: 12 alunos.
1841. A instrução está quase estacionária. Em visita a uma escola da capital o presidente da província teve desagradável impressão: uma casa arruinada, frequentada por 170 crianças, e mais estranho me foi o resultado do sucinto exame que fiz sobre o método ali adotado, que não é outro senão uma incurial e imperfeita amalgamação do ensino mútuo com o individual, sem que tenha aquele ligamento indispensável para dissipar os estorvos que apresenta a aproximação dos