A instrução e as províncias - Vol. III

1851. Acham-se providas as cadeiras de filosofia e francês com que foi dotada a província no ano anterior; tanto estas como a de gramática latina, e uma das escolas primárias da capital estão colocadas no convento dos religiosos franciscanos, mediante contrato, tendo-se dispendido com os reparos do arruinado convento a quantia de 285$000. Foram igualmente providas as escolas de 2ª classe das povoações de Itaúna, Piraqueaçu e Barra do Jucu. Seria para desejar que o poder legislativo ampliasse os meios de desenvolver os reconhecidos talentos dos comprovincianos, com a decretação dos necessários fundos para o provimento de outras aulas que existem criadas, mas sem exercício. A despesa com o ensino público foi de pouco mais de dez contos; a geral da província de 42:256$000.

1852. "É desanimador o estado da instrução pública clama o presidente Nascimento de Azambuja. Não me queixo do método de ensino; sei que os há melhores e piores; sei também que nem todas as teorias, qualquer que seja o ramo do serviço público, é aplicável a todos os lugares e em todas as circunstâncias; seja o método seguido bem observado, que os seus bons resultados satisfarão as necessidades da província. Concorrem para o mau estado da instrução a falta de pessoas habilitadas para o ensino; poucos são os professores que têm os predicados precisos para poderem com vantagem exercer o magistério. Os pequenos ordenados e a pouca consideração que em nosso país se dá à cadeira de ensino subalterno também impedem que se obtenham bons mestres: o primeiro inconveniente desaparecerá quando crescerem as rendas da província; e o segundo com a sua maior civilização. Menciono também o pouco zelo dos professores como uma das causas, e talvez a principal, para o mau resultado que se colhe no ensino. Deriva daí, da disseminação