A instrução e as províncias - Vol. III

do governo e as primeiras linhas da legislação?) 7º - um catecismo que compreenda um suficiente número de verdades sobre a história natural, sobre a mineralogia, botânica, química, e mecânica. 8º - a língua francesa e inglesa que entre as modernas são as que prestam maior utilidade pela vastíssima extensão de sua literatura, e pela sua grande difusão por todo o mundo. Eis aqui e a que se deve reduzir o ensino na escola média.

A variedade das matérias assustará tão somente a quem não refletir, que cada um destes quadros deve ser resumido, e que podendo ser ensinados pelo método de Lencaster podem ser aprendidos com a maior facilidade; o caso é que cada um destes catecismos seria um composto onde entrem na mesma porção doutrina suficiente, concisão e clareza. A maior parte dos objetos de que se trata nestes catecismos são familiares aos nossos sentidos, tem uma grande conexão com os fenômenos comuns da natureza, e são todos eles suscetíveis de serem expostos por um método perceptível, que torne fácil o seu ensino. Toda a dificuldade consiste em formar esta coleção de epítomes, e de achar mestres capazes de os ensinar.

A terceira escola ou escola superior é só para os alunos que se dedicam às profissões científicas da teologia, jurisprudência, política, arte militar, medicina, e filosofia natural. Nesta escola se deve continuar a estudar em compêndio (um pouco mais extenso, a história e cronologia geral e a história e a cronologia portuguesa) e se deve estudar o grego, e o latim, a mitologia, os primeiros elementos da geometria e da álgebra.

Em um plano de educação geral leves elementos de geometria e de álgebra serão muito de sobejo. Enquanto ao grego e o latim que tão inútil será o conhecimento destas duas línguas à classe média, como necessário ao legislador, ao filósofo, e ao homem de fina educação que se preza de conhecer a boa literatura... Em algumas profissões científicas não se pode passar sem um grande conhecimento da língua grega, e muito mais sem o da latina; os exemplares gregos e latinos devem ser objeto de incessante estudo diurno e noturno para os filósofos, para os literatos e para os jurisconsultos... Por outro lado, é inegável que as classes, que só se ocupam das ordinárias transações da vida humana, é totalmente inútil o estudo e a leitura, mesmo dos exemplares gregos e latinos; o tempo que lhe levaria esse estudo melhor é que o gastem na cultura das duas línguas vivas, a francesa e a inglesa, onde se encontra não só o que há de substancial na literatura grega e latina, mas um muito extenso cabedal de ciência que se tem acumulado depois que aquelas duas línguas deixaram de existir. Mas sobretudo no que se refere particularmente