outros cientistas e ensaístas têm dedicado a sua atenção ao problema, em trabalhos que escapam neste momento ao nosso registro. Os apontados bastam, porém, para dar uma ideia da transformação que se processou. Transformação que veio tornar o nosso clima cultural tão propício à floração dos estudos de nossos problemas brasileiros e que explica como um livro da categoria deste nosso, inteiramente dedicado a um assunto tão especializado como o da alimentação, venha a alcançar a sua terceira edição, num país até bem pouco mais amante das generalidades do que dos detalhes enfadonhos, com as suas elites intelectuais se deixando seduzir espiritualmente pelo brilho das doutrinas estrangeiras bem traduzidas, mas resistindo insensíveis à eloquência sisuda das estatísticas nacionais. Não deixa de ser um prazer para o seu autor tal transformação, mas ao lado do prazer está também o dever que esta situação lhe impõe. Dever de melhorar sua obra tão imerecidamente procurada, diminuindo-lhe tanto quanto possível os seus desacertos, expurgando-a de conceitos científicos repentinamente envelhecidos e documentando-a com algumas novas observações pessoais. É o que tentamos fazer nesta nova edição.
Aproveitando esta oportunidade, agradecemos a todos que nos ajudaram não só na elaboração deste trabalho, como também na sua divulgação.