Um varão da República: Fernando Lobo. A proclamação do regime em Minas e sua consolidação no Rio de Janeiro

DUAS PALAVRAS

Fácil não é ao filho dizer da Vida do pai, porque o laço do sangue tem suas decisões irrecorríveis.

Deu-se, por isso, a este ensaio, uma feição objetiva, na qual depõem de preferência os documentos. Perde o livro talvez em originalidade pessoal, mas ganha certamente em exatidão histórica.

Fernando Lobo aparece, além disso, esquivo, quase anônimo, no fundo do quadro em que se desenvolvem os acontecimentos. É mais de acordo com o papel que desempenhou e mais em harmonia com seu temperamento, todo de penumbra. Entretanto, figurou numa época incandescente, a que vai da proclamação da República, em Minas Gerais, à sua consolidação, sob Floriano Peixoto, no Rio de Janeiro. Antes, fora a propaganda individual; depois, com exceção de breve estágio no Banco do Brasil e no Senado Federal, um afastamento perene, no qual, aliás, nunca desapareceu o cidadão zeloso da cousa pública.

Pode ser que a renúncia à política militante, tenha feito aparecer nele só as virtudes, pela ausência das asperezas partidárias acaso hostis ou reticentes. Mas o certo é que havia na sua personalidade um sólido estofo de

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